Após pressão do movimento sindical, a federação dos bancos divulgou em mesa temática na segunda-feira, 3, os dados que estavam faltando do II Censo da Diversidade. A primeira parte do levantamento -; respondido por 187.411 bancários, ou 41% da categoria, em março de 2014 -; já havia sido divulgada pela Fenaban durante a Campanha Nacional deste ano. A vice-presidente do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), Angela Ulices Savian e o diretor Marcelo Abrahão participaram da reunião. Os novos dados serão avaliados com calma pela Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual, que reúne representantes do movimento sindical bancário de todo o pa ís, incluindo os dois representantes do SINDBAN.
Os dados já divulgados em setembro deste ano apontaram que as mulheres continuam ganhando menos que os homens. Em seis anos (entre o Censo de 2008 e o de 2014), a diferença entre o rendimento médio das mulheres e dos homens caiu somente 1,5 ponto percentual. O rendimento médio mensal delas em relação ao deles era de 76,4% em 2008 e agora é de 77,9%.
O Censo de 2014 mostra um avanço de 5,6 pontos percentuais no número de negros no setor bancário. Havia no primeiro Censo 77,4% de brancos e 19,3% de negros. Em 2014, 71,4% de brancos e 24,9% de negros.
Os bancos também apresentaram os números de pessoas com deficiência (PCDs). Do total, o número de pessoas com deficiência motora caiu de 61,4% em 2008 para 60,7 em 2014. Já o de pessoas com deficiência auditiva subiu de 12,2% para 22,8% e com deficiência visual de 3,9% para 11,8%. O setor não cumpre ainda a cota de 5% de PCDs exigida por lei. Em 2008 havia 1,8% de bancários com deficiência, em 2014 eles são 3,7%.
Os representantes dos trabalhadores também cobraram dados mais claros sobre a situação da mulher negra nos bancos.
PRóXIMOS PASSOS -; O movimento sindical convidará outros atores para discutir os resultados do Censo da Diversidade 2014. Serão convidados o MPT (Ministério Público do Trabalho) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), que também participaram da elaboração do I Censo, e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat ística) para ajudar a elaborar e desenvolver ações que mudem esse quadro, ainda muito desigual nos bancos.
Fonte: SP Bancários
Fenaban divulga dados completos do Censo
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