O II Censo da Diversidade, conquistado na Campanha Nacional 2012, começou a ser aplicado nesta segunda-feira, 17, em todo pa ís. Ao longo de 40 dias, até 25 de abril, cerca de 486 mil bancários e bancárias, que representam 98% do funcionalismo de 19 bancos públicos e privados, poderão responder o questionário através do hotsite da Febraban (www.febraban-diversidade.com.br). A novidade em relação ao primeiro levantamento é a inclusão de uma pergunta sobre a questão LGBT.
O tempo previsto para responder as perguntas é em torno de oito e dez minutos. O sistema conta com um programa de segurança e as respostas serão sigilosas e confidenciais. Todos os bancários, inclusive os licenciados por motivos de saúde, maternidade e mandato sindical, que estão na base de cadastro da RAIS, poderão participar do censo.
Para dialogar com os bancários e mostrar a importância da participação no II Censo, a Contraf-CUT elaborou um folder, que está dispon ível na seção de downloads na área restrita do site para impressão e posterior distribuição aos trabalhadores nos locais de trabalho.
HISTóRIA DE LUTAS
O debate sobre igualdade de oportunidades foi pautado no Encontro Nacional dos Bancários, em 1992. De lá para cá, foram inúmeras ações voltadas ao combate da discriminação no setor financeiro. Em 1996, o tema foi inclu ído na minuta de reivindicações entregue aos bancos.
No I Encontro de Mulheres, em 1997, foi criada a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) e, no ano seguinte, o tema igualdade de oportunidades tornou-se bandeira de luta da Campanha Nacional dos Bancários.
Os bancos sempre negaram a discriminação no local de trabalho, mas em 2000 a então CNB-CUT e o Dieese realizaram uma pesquisa nacional, a qual resultou na publicação “Os Rostos dos Bancários”. O levantamento traçou o perfil da categoria e comprovou a existência de distorções de gênero e raça.
Depois da identificação das desigualdades a CNB-CUT produziu três cartilhas entre 2001 e 2003: “Assédio Moral no Trabalho”, “Relações Compartilhadas” e “Igualdade de Oportunidades”, intensificando o debate junto aos bancários. Essas ações refletiram positivamente na criação da mesa bipartite sobre igualdade de oportunidades, em 2001.
Ao longo desses mais de dez anos, a mesa temática aprofundou o debate sobre diversos temas relacionados “às minorias”. E em 2008 foi constru ído o primeiro censo, chamado de “Mapa da Diversidade”, que revelou uma série de desigualdades nos bancos.
Fonte: Contraf-CUT
Tem início o II Censo da Diversidade, conquista dos bancários
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