Sobe para oito o número de funcionários demitidos pelo Santander

às vésperas do Natal, o Santander demitiu mais dois funcionários da base de Piracicaba na manhã desta terça-feira (4). Ontem, o banco havia demitido seis funcionários. A Contraf-CUT já cobrou uma negociação com o banco, mas até o momento não obteve retorno. As demissões têm ocorrido em todo pa ís e essa realidade não condiz com a informação dada pela The Banker de que o Santander é considerado “;banco do ano “; em alguns pa íses. Pelo menos no Brasil, a realidade é de demissões e desrespeito aos direitos dos trabalhadores.

“Solicitamos uma negociação com o Santander para discutir a suspensão imediata das dispensas e a manutenção dos empregos dos trabalhadores do banco”, destaca Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

Em Piracicaba, dos oito demitidos, três tinham cargo de coordenadores com 23, 24 e 25 anos de banco; dois tinham cargo de gerente geral, com 24 e 32 anos de banco; um tinha o cargo de recuperação de crédito, com 30 anos de banco e um era superintendente, com 40 anos de banco.

“Tivemos informação que o banco prosseguirá as demissões até a próxima sexta-feira (7) e que pode atingir cerca de 5 mil em todo pa ís. Isso é um absurdo, pois os trabalhadores brasileiros são principais responsáveis pela maior fatia do resultado global da empresa (26%). O banco não demite na Espanha onde há crise, nem em outros pa íses da América Latina. Não aceitamos que dispensem os funcionários daqui”, afirma ângela Savian, vice presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região.

Os dispensados estão empregados com mais de 20 anos de banco, muitos às vésperas da aposentadoria, e até pessoas com deficiência. “Trabalhadores que dedicaram uma vida inteira à instituição não podem ser descartados dessa forma. Além disso, essas dispensas só podem estar ocorrendo para que o banco economize com os funcionários e amplie suas remessas à Espanha”, denuncia.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, José Antonio Fernandes Paiva, nada justifica essas demissões. Nos nove primeiros meses do ano, o banco lucrou R$ 5,694 bilhões no Brasil. “Ao invés de demitir, o banco deveria contratar, como foi reivindicado pelas entidades sindicais na última negociação com o banco, no dia 22 de novembro, durante o Comitê de Relações Trabalhistas”, ressalta.

Fernanda Moraes
Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região com Contraf- CUT

Compartilhe:
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Comentários do Facebook

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content