Funcionários do Banco do Brasil sofrem com a restruturação

14/02/2017 – 10:16

Realocação de cargos, salários menores e caixas não reconhecidos como função: essa é a realidade dos bancários da entidade

A restruturação do Banco do Brasil é o principal problema enfrentado pelos funcionários da entidade. O plano, que não foi apresentado para os trabalhadores e entidades sindicais, foi discutido, novamente, em audiência realizada na última terça-feira (7), no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Bras ília. A Contraf-CUT e entidades sindicais debateram o processo de reestruturação com representantes do banco e procuradores.

Os números da reestruturação mostram um futuro incerto para mais de 2.500 comissionados, que perderão seus cargos e terão seus salários subtra ídos por conta do descomissionamento e realocação em cargos inferiores. Segundo o diretor do SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), Paschoal Verga Junior, muitos gerentes, que aceitaram uma vaga em agências de n ível reduzido, passarão a receber salário inferiores.

“;Após o in ício do processo de reestruturação, 3.409 funcionários irão receber a VCP (Verba de Caráter Pessoal), pois perderam suas funções. 690 permanecem nas funções até o fechamento das agências. Há 1.619 vagas abertas, de acordo com o banco, durante o ano haverá prioridade de ocupação das funções vagas por trabalhadores que estão recebendo o VCP “;, explicou o diretor.

Além da realocação dos cargos, 1.148 funcionários perderam a gratificação de caixa desde 1º de fevereiro de 2017 e não estão recebendo VCP. Segundo o Banco do Brasil, Caixa não é uma função, por isso não fazem jus ao benef ício. Para a Contraf-CUT, o banco também precisa tratar o caixa com isonomia, precisa reconhecer que o caixa é uma função e não apenas uma gratificação, da qual o banco justifica para não pagar o VCP.

Durante a reunião, os representantes do Banco prometeram analisar os tópicos tratados na audiência em relação a gratificação de caixa. Os posicionamentos do Banco do Brasil serão divulgados no dia 22 de fevereiro, em nova mesa de negociação. Já a nova audiência de mediação, junto ao Ministério Público do Trabalho, foi marcada para o dia 2 de março, às 14h30, na sala da Procuradoria Geral do Trabalho, em Bras ília.

BB Digital

Prevista no acordo coletivo 2016/2018, a Mesa Temática de Resolução de Conflitos, tem como objetivo debater o Banco do Brasil Digital e garante a discussão das consequências e impactos para os funcionários, com o objetivo de melhoras as condições de trabalho, garantir cargos e remuneração dos funcionários envolvidos no processo.

Segundo o dirigente sindical, na última reunião da Comissão de Empresa foi denunciado ao banco, que em alguns locais os escritórios digitais não têm ambiência e ergonomia necessárias, como também estão apenas atuando como uma grande central de oferta ativa de produtos.

“;O banco informou que não é essa a lógica do modelo, sendo o maior interessado em não transformar os escritórios em call centers. O banco assumiu o compromisso de reforçar essas premissas em comunicado aos funcionários e administradores “;, comentou o dirigente sindical.

Agenda

22 de fevereiro -; Mesa de Negociação

2 de março -; Audiência de Mediação, junto ao Ministério Público do Trabalho.

Horário: 14:30

Local: Procuradoria Geral do Trabalho – Bras ília.

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