Hoje, no encontro mensal do Núcleo de Saúde e Qualidade de Vida, o fisioterapeuta Vinicius Boldrin trouxe à tona um tema de extrema relevância no campo da saúde, os desvios posturais da coluna: escoliose, hiperlordose e hipercifose.
A coluna vertebral vista de perfil tem curvaturas naturais chamadas lordose e cifose. Quando essas curvaturas estão exacerbadas recebem o nome de hiperlordose e hipercifose. Assim como o desvio da coluna olhada de frente recebe o nome de escoliose.
Os desvios da coluna são, muitas vezes, associados a dores que afetam o cotidiano de muitas pessoas. No entanto, é importante destacar que nem todas as dores de coluna são causadas diretamente pelo desvio.
Boldrin explicou que a origem das dores pode estar em outros locais do corpo que também interagem com a coluna. A exemplo, os pés, são estruturas que carregam grande responsabilidade pela organização postural. Assim sendo, alterações nos pés também podem desencadear alterações nas curvaturas da coluna.
E os pés não são o único exemplo. O funcionamento inadequado de outras partes, também pode gerar compensações e, com o tempo, levar a desconfortos na coluna. O fisioterapeuta enfatizou que a manipulação adequada do corpo e a abordagem correta por parte do profissional de saúde são fundamentais para identificar a verdadeira causa das dores e proporcionar o reequilíbrio do paciente, promovendo não apenas o alívio físico, mas também a qualidade de vida.
Outro ponto importante abordado por Boldrin foi o impacto de cicatrizes (cirúrgicas ou lesionais), que também podem adaptar a postura e desencadear dores na coluna. Muitas vezes, a cicatriz, interfere na movimentação corporal, afetando a postura e, consequentemente, gerando dores.
Ele reforçou a necessidade de uma avaliação detalhada do paciente para entender a relação entre a cicatriz e os desvios posturais, possibilitando a orientação e intervenção corretas.
A manipulação e o tratamento osteopático têm o potencial de promover um reordenamento corporal que não só alivia a dor, mas também melhora a condição emocional do paciente, que muitas vezes vive com o estresse causado por dores crônicas.
A orientação profissional é essencial para que o paciente compreenda a importância do corpo de forma integral, não apenas das áreas com dor. A abordagem terapêutica precisa levar em consideração a complexidade do organismo humano para ser efetiva.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, participou do encontro e fez um breve relato sobre o Sistema Único de Saúde. Paiva é representante dos trabalhadores, ou dos usuários do Sistema Único de Saúde no Conselho Municipal de Saúde. “Nós temos ainda hoje em dia um sistema de saúde que privilegia o sistema curativo e não o preventivo”, esclareceu Paiva.
O presidente do Sindicato dos Bancários está se preparando para fazer um debate no Núcleo de Saúde e Qualidade de Vida que será apresentado em breve para os profissionais, sobre o tema SUS e as políticas públicas.
